quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Experiência da Presença de Deus – M. Lloyd-Jones


Precisamos dar-nos conta de que estamos na presença de Deus. Que significa isso? Significa a percepção de algo de quem Deus é e do que Ele é. Antes de começar a proferir palavras, devemos sempre  proceder assim.

Devemos dizer-nos a nós mesmos: «Estou entrando agora na sala de audiências daquele Deus, o Todo-poderoso, o absoluto, o eterno e grande Deus, com todo o Seu poder, força e majestade, aquele Deus que é fogo consumidor, aquele Deus que é luz, e não há nele treva nenhuma, aquele perfeito, absoluto e Santo Deus.

É isso que estou fazendo» . . . Mas, acima de tudo, nosso Senhor insiste em que devemos aperceber-nos de que, além de tudo aquilo, Ele é nosso Pai. Oh, que compreendamos essa verdade! Se tão-somente entendêssemos que este Deus onipotente é nosso Pai mediante o Senhor Jesus Cristo! Se tão-somente compreendêssemos que . . .toda vez que oramos é como um filho dirigindo-se a seu pai! Ele sabe todas as coisas que nos dizem respeito; Ele conhece cada uma de nossas necessidades antes que Lhas contemos.

Ele deseja abençoar-nos muitíssimo mais do que desejamos ser abençoados. Ele tem opinião formada a nosso respeito, Ele tem um plano e um programa para nós, Ele tem uma ambição a favor de nós, digo-o com reverência, uma inspiração que transcende o nosso mais elevado pensamento e imaginação. . .

Ele cuida de nós. Ele já contou os cabelos de nossa cabeça. Ele disse que nada nos pode suceder fora dEle. Depois, é preciso que lembremos o que Paulo declara tão gloriosamente em Efésios 3. Ele é «poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos,, ou pensamos». Esse é o verdadeiro conceito da oração, diz. Cristo. Não se trata de ir fazer girar a roda de orações.

Não basta contar as contas. Não diga: «Devo passar horas em oração; decidi-me a fazê-lo e tenho que fazê-lo»  Temos que despojar-nos dessa noção matemática da oração. O que devemos fazer, antes de tudo, é dar-nos conta de quem é Deus, do que Ele é, e de nossa relação com Ele.

Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 30,1.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cuidado com a sedução da facilidade



É preciso ter cuidado com os atalhos. O caminho da espiritualidade é um caminho difícil. Toda a complexidade do existir e da experiência espiritual não pode ser simplificada, tatuada de superficialidade, arranjada com recursos técnicos, no caminho árduo da espiritualidade e maturidade não existem atalhos.

O cristianismo da atualidade vive de uma superficialidade dos que lidam com a Bíblia, o chamado analfabetismo bíblico, vive também de um aglomerado cada vez maior de pessoas prometendo soluções mágicas, num verdadeiro desastre da velocidade. O tempo hoje é a neurose da humanidade.Essa geração é fascinada pelos caminhos mais curtos. Poucos querem trilhar os caminhos árduos da obediência, dignidade, trabalho, honra, respeito, formação sólida de caráter. Não existe espiritualidade a controle remoto.

Na busca por facilidade, muitos correm ao encontro dos “especialistas” da fé. Homens que prometem "dez passos, sete dias, cinco ondas, guerras espirituais fantásticas e mirabolantes, retiros místicos". Pessoas que buscam satisfação imediata, deixam de ser cristãos e passam a ser consumidores impacientes e narcisistas. Gente que prefere o imediatismo fantasioso ao crescimento natural e maduro; relações superficiais ao invés de amizades verdadeiras. É o império do sintético.

Creio no poder de Deus, creio que podemos até fazer congressos, campanhas e retiros, só não podemos é criar atalhos para a vida e para a fé. Poucos querem enfrentar os desertos e vales da vida. Poucos querem ter paciência na tribulação ou suportar a dor e o sofrimento (II Co. 4.8-11). O escritor T. L. Cuyler, disse: “Algumas vezes Deus lava os olhos de seus filhos com lágrimas, para que eles possam ler corretamente sua providência e seus mandamentos”.

Muitos procuram por intimidade com Deus, porém, a falsa sensação de intimidade produzida pela facilidade, pode produzir também um falso sentimento de liberdade. Não existem atalhos para o amadurecimento. Uma das metáforas usadas por Jesus para falar de espiritualidade é a da semeadura e colheita (Lc. 8.4-15), que mostra perfeitamente a dura realidade da vida.

Carecemos de uma vivência que obedeça as Escrituras, que desenvolva a prática da oração sincera e honesta, que cresça numa íntima e verdadeira comunhão, o convívio amoroso com os irmãos, que restaure a relação pastoral madura e confiável. Somente assim, poderemos vencer os dramas da vida. Jesus nunca simplificou, Ele encarou a cruz e toda a sua crueldade, H. C. Trumbull, disse que “o Calvário mostra como os homens podem ir longe no pecado, e como Deus pode ir longe para salvá-los”.

É hora de resgatarmos a genuína espiritualidade.

Alan Brizotti

Deus é a minha força!

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Perguntas que equilibram as emoções


Vivemos um tempo em que é muito fácil perder o equilíbrio emocional e espiritual. Uma dificuldade que muitos cristãos enfrentam é aceitar a realidade e responder a ela apropriadamente. Nossas reações emocionais emergem da forma como pensamos sobre a vida e os acontecimentos. Não são as realidades externas que nos perturbam, mas o julgamento que fazemos sobre elas. Sobretudo, a forma como cremos que Deus participa delas.


O apóstolo Paulo, em carta aos cristãos que viviam na capital do Império Romano, faz quatro perguntas retóricas que nos ajudam a construir uma estrutura espiritual capaz de produzir em nós sentimentos e atitudes verdadeiros diante das diferentes situações e experiências.


Primeira pergunta: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. Sabemos que existem muitas coisas “contra nós”. Existem acidentes, doenças, mortes. Existem crises econômicas e políticas. Existem fofocas, mentiras, calúnias, traições. Paulo não está afirmando que nada disso vai acontecer conosco. Acontecem com todos os santos. Podemos sofrer as frustrações de um divórcio, a angústia da demissão ou a desilusão em relação aos amigos. Tudo isto atua “contra nós”. Porém, a pergunta de Paulo é: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.Leia Mais:


Como reagimos emocionalmente a estas situações? Fugindo? Vitimando-nos? Responsabilizando os outros? Duvidando de Deus? A verdade que compõe a estrutura espiritual de Paulo é que Deus é por nós. O Deus Criador de todas as coisas, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, é por nós. Paulo estava seguro desta verdade, e tal convicção moldava seu pensamento e, consequentemente, seus sentimentos e emoções.


Segunda pergunta: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”. A ansiedade é um dos grandes males do nosso tempo. Porém, quando achamos que estamos perdendo alguma coisa, Paulo nos convida a perguntar: Se na cruz Deus nos deu o melhor, por que o medo de perder algo? Confiamos que ele nos dará tudo de que precisamos? A verdade que sustenta a vida de Paulo é: o Deus que nos deu o que tinha de mais precioso não deixará de nos dar nada que nos seja necessário.


Como reagimos emocionalmente ao sentimento de que algo está faltando? Davi responde: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”. Como Paulo, ele confiava no Deus que ama e supre cada uma de nossas necessidades.


Terceira pergunta: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?”. Somos constantemente afligidos por sentimentos de culpa. Para Paulo, se Cristo nos justifica, quem pode nos condenar? O veredicto que ele apresenta não é baseado no que temos feito, mas no que Cristo fez. As pessoas podem nos acusar, cobrar ou condenar, mas isto pode mudar alguma coisa? O único que de fato pode nos acusar é o mesmo que nos justifica.


O nosso maior problema não são os outros, somos nós. Uma grande liberdade emocional nasce do simples fato de nos fazer esta pergunta: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?”.


Quarta pergunta: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Aqui Paulo fala de situações que podem nos fazer sentir que Deus se esqueceu de nós. Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada -- situações que ele viveu. São experiências com grande potencial de nos fazer sentir abandonados. De onde vêm estes sentimentos? Destes eventos ou do que pensamos sobre eles? Podem estas circunstâncias nos separar do amor de Cristo? Para Paulo, não.


Nossas respostas aos fatos não são determinadas por eles, mas pelo julgamento que fazemos deles. Se julgarmos que uma provação tem o poder de nos afastar do amor de Deus, certamente nos afastará. Se julgarmos que alguém pode levantar uma acusação contra nós e nos fazer sentir culpados, certamente isto acontecerá. Fazer tais perguntas não muda as circunstâncias, mas muda a forma como as vemos ou julgamos. Ao fazê-las, adquirimos uma perspectiva correta e amadurecemos nossos sentimentos.




• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os ramos mais carregados de frutos são os que mais se abaixam


Nestes últimos dias estive pensando no que a frase acima pode nos ensinar, pois sabemos que a cada dia que passa, estamos todos na busca de frutos. Não são por eles que labutamos tanto desejando alcançá-los?
Amigo leitor, quem sabe você esteja vivendo nesta mesma expectativa, estais a busca de produzir algo que realmente venha contar em sua vida, algo que possa lhe fazer sentir satisfeito, realizado.
Talvez este fruto seja uma nova oportunidade de trabalho, algo mais rentável, que possa lhe trazer maior segurança financeira ou simplesmente o prazer de uma realização pessoal.
Talvez o ingressar em uma faculdade ou até mesmo a conclusão da mesma possa ser o fruto que estejas desejando.
Talvez a aquisição de uma casa nova de um novo carro, ou até mesmo o simples fato de ser reconhecido por pessoas pelo que já estais realizando.
Esses para muitos são frutos dos quais nos orgulhamos quando o possuímos.
Contudo amigo(a) quero que saibas que como citado na frase acima:
“OS RAMOS MAIS CARREGADOS DE FRUTOS SÃO OS QUE MAIS SE ABAIXAM”
E sendo assim, se porventura você já chegou lá, já venceu na vida, já concretizou teus sonhos e o sucesso agora faz parte de tua vida, és reconhecido pelos frutos que conquistou. Lembre-se sempre a cada conquista a cada novo fruto o ramo tende a se inclinar.
Jamais faça uso de teus frutos de teus talentos de tuas conquistas para o simples prazer de te promover e de te sentires superior aos demais.
Diminua, diminua cada vez mais e então perceberás que teus frutos ficarão acessíveis para que outras pessoas que te rodeiam possam não somente vê-los mãos também desfrutar deles.


Em Cristo para vossa edificação de seu conservo Jonathan Araujo (Consultor do Gospel Prime)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

A lei do caminhão de lixo


Um dia peguei um táxi e fomos direto para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente. O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós. O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara. E ele o fez bastante amigavelmente.


Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!' Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo 'A Lei do Caminhão de Lixo". Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente.


Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragar o seu dia. A vida é muito curta para levantar cedo de manhã com remorso, assim...


Ame as pessoas que lhe tratam bem.
Ore pelas que não o fazem.
E tenha um dia abençoado, livre de lixo!


Lembrem-se da sabedoria da água:
'Ela nunca discute com seus obstáculos, simplesmente os contorna'.
Autor desconhecido


Uma semana cheia de Paz e muitas Alegrias!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Esposa de pastor: a crise de ser


Quem é essa mulher? Guerreira, anônima ou solitária? Ou seria um híbrido das três? Percebo uma mulher marcada, incompreendida, exageradamente cobrada. Tenho visitado muitos sites, blogs e redes sociais, lido muitos artigos sobre essa figura emblemática, contudo, em sua grande maioria paira a mesma tônica: uma mulher cujos olhos estão machucados pelas luzes que intensamente brilham sobre seus maridos, mas que não afastam a penumbra de sua crise. É a dor da invisibilidade no mundo dos holofotes.


A esposa do pastor ainda é uma mulher em contradição. Tem a missão de Eva num mundo de serpentes, as lágrimas de Ana em igrejas de Peninas e, como diz o título de um livro, tem “o coração de Maria num mundo de Marta”.


Vamos observar algumas das mais sérias crises que a esposa do pastor enfrenta na guerra da vida, na cotidianidade da fé:




A crise da perfeição
Em muitos lugares a esposa do pastor é escrava da perfeição. É condenada ao êxito sempre. Não pode falhar, errar, sofrer, sentir alguma dor. O pior é que nunca chega a essa perfeição dela cobrada. Se olha feio, é má; se sorri para todos, é falsa! Se tem amigos, faz acepção! Ela é proibida de sentir aquela tristeza sagrada de todo humano. A tentação da esposa perfeita ainda mata muitas mulheres que tinham tudo para marcar uma geração.


A crise do resultado: A obsessão de funcionarPara o imaginário popular é inadmissível uma esposa de pastor que não tenha alguma ocupação. É a tentação do ativismo. É a desumanização, a mania do desempenho de máquinas. Ela fica como alvo principal da língua de todos: o sucesso do pastor é sua obrigação; o fracasso, é sua culpa! É a clonagem ministerial: uma esposa à imagem e semelhança do seu “dono”.


A crise do retorno: Escrava da aprovação
Muitas são as esposas frustradas por não se sentirem aceitas. No afã da aprovação, sacrificam sua identidade e sufocam a alma. Vivem apenas pelo retorno. Sofrem demais quando percebem um certo desprezo à sua sofrida obra.


A crise da solidão: O medo da confiança.Ela vive no chão da suspeita. Não pode abrir a casa pra todo mundo, mas também não pode fechar! É a encruzilhada do medo. Como disse um escritor antigo: “O medo é um gigente que se nutre da carência”, e carência é o que a esposa do pastor mais possui. Ela é conhecida da multidão, mas não tem o afeto de indivíduos dissociados da massa. Sofre, pois não sabe quando a aproximação é feita por interesses.


O que Deus diz a essas mulheres?


Você é aceita pela graça assim como é! A graça liberta da tirania da perfeição. É Maria, uma moça simples, grávida, fazendo história pra Deus!


Deus jamais te medirá pelos resultados
Tudo que fazemos só é possível porque Ele já trabalhou em nós! É Raquel, marcada pela tradição e esterilidade, mas amada – os filhos nascem por um poder que ela não possui!
Deus conhece o seu coração
Ele sabe do seu desejo sincero de servir. É isso o que Ele mais aprova. Thomas Merton dizia que “O desejo de Te agradar, já Te agrada”. É Tamar: no turbilhão das crises, entra na genealogia do Messias.


Nos braços do Pai, a solidão termina O Pai que nos vê no secreto (Mt. 6. 6) é o que nos sustenta em amor. É Ana: chorando sozinha, mas para aquele que pode resolver!

Mesmo numa sociedade de crises, a esposa do pastor ainda faz grande diferença.


Até mais...


Alan Brizotti em seu Blog

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Viva Melhor e mais Feliz! - Prº Silmar Coelho


Todas as pessoas experimentam conflitos relacionais. Alguns conflitos não podem ser modificados. Mas jamais poderemos transformar os conflitos em algo positivo até que os enfrentemos. Fugir dos conflitos não é a solução. O poeta português Luis de Camões afirmou que não se aprende na fantasia, sonhando, imaginando ou estudando somente. Aprendemos vendo, tratando e pelejando.


Prevenir é sempre o melhor remédio. Devemos aprender a não perpetuar os mesmos erros de pessoas insensíveis e irredutíveis que, de contínuo, ferem e causam infelicidade àqueles que convivem com elas. Conflitos são, até certo ponto, normais. Ninguém pode viver inteiramente livre deles. Na verdade, não são os conflitos que acabam com as melhores ou piores relações. O que determina o fim do relacionamento são as atitudes e decisões que tomamos diante das discórdias.


"Um relacionamento que dá certo é um edifício que tem que ser construído todos os dias."
Thomas Fuller


Quem age motivado pela ira, mentira, amargura, irritabilidade e infidelidade, jamais é feliz. É a paz que alicerça o amor, e não a ira. É a verdade que promove a confiança, e não a mentira. É o perdão que traz a reconciliação, e não a amargura. É a sensibilidade que permite o diálogo, e não a irritabilidade. É a fidelidade que garante que o relacionamento será capaz de durar até à morte, e não a infidelidade. Esquecer estas verdades é um convite ao desastre. Mude suas atitudes ou viva com as conseqüências. A escolha é sua.


"Uma vitória dentro de nós é mil vezes mais gloriosa do que qualquer vitória fora de nós."
Henry Ward Beecher


A meta do relacionamento nunca foi e nunca será a destruição ou extinção da família, mas o saneamento e a purificação das relações que existem entre os seres humanos. As oportunidades aparecem quando os obstáculos são superados; problemas são eliminados abrindo caminhos para o entendimento, a maturidade e o crescimento. O relacionamento deve evoluir e transformar-se, e não deteriorar-se. Tudo isso para você poder viver plena e abundantemente a experiência do amor. O amor atravessa barreiras, une extremos e transforma tudo pôr onde passa; guiado pôr ele, você supera dificuldades, vence limitações, ultrapassa conflitos e alcança aquilo que julgava impossível.


Dr. Silmar Coelho

terça-feira, 14 de junho de 2011

Orando com Deus



Preste atenção......leia bem devagarinho!!!! Vale a pena!!!
VOCÊ: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui...
VOCÊ: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
VOCÊ: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando.... Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Ai, você fez de novo.
VOCÊ: Fiz o que?
DEUS: Me chamou! Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que posso ajudá-lo?
VOCÊ: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E
não me sinto
bem até cumprí-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é
a paz, que
o céu é amor a todos?
VOCÊ: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas prossiga sua oração.
VOCÊ: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espera ai! O que você quer dizer com isso?
VOCÊ: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
VOCÊ: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO. "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,
assim na terra
como no céu..."
DEUS: Esta falando sério?
VOCÊ: Claro! Por que não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
VOCÊ: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na
terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
VOCÊ: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei! Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que
você
dá a televisão, as propagandas que você corre atrás e o pouco tempo que você dedica a Mim?
VOCÊ: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam,
mas que aceitam
a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
VOCÊ: Esta certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do
calor, se manda
frio, continuo reclamando, se estou doente, peço saúde, mas não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e Você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude
sua.
VOCÊ: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração está demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: ... "o pão nosso de cada dia
nos dai
hoje..."
DEUS: Pare ai! Você esta me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão,
lembre-se daqueles que
nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração.
Continue!
VOCÊ: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..."
DEUS: E o seu irmão desprezado?
VOCÊ: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e a sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de
você ser
honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
VOCÊ: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu
posso
mudar tudo para você. Basta você querer.
VOCÊ: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei.
VOCÊ: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
VOCÊ: Mais uma vez está certo! Mais só quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem, eu perdôo a todos, mas ajude-me
Senhor. Mostre-me
o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você, como está se sentindo?
VOCÊ: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
VOCÊ: "E não deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
VOCÊ: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai
levá-lo
para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
VOCÊ: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre a me pedir socorro.
VOCÊ: Estou com muita vergonha, Perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdôo! Sempre perdôo a quem esta disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa
conversa, medite cada
palavra que fala! Termine sua oração.
VOCÊ: Terminar? Ah, sim, "AMÉM!"
DEUS: O que quer dizer AMÉM?
VOCÊ: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer AMÉM quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus
mandamentos, porque AMÉM!
quer dizer, ASSIM SEJA, concordo com tudo que rezei.
VOCÊ: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, aqueles que querem ser livres do pecado. Abençôo-te e
fica com minha
paz!
VOCÊ: Obrigado Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.





P.S.: é uma mensagem antiga que corre há anos pela net.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Homenagem à Fernando Pessoa

Fernando Pessoa completaria 123 anos hoje se estivesse vivo. Depois de Camões, o maior poeta da Língua Portuguesa, todos sabem e não me canso de dizer que é meu poeta preferido e como fã deste gênio da literatura presto aqui minha sincera homenagem e VIVA FERNANDO PESSOA!!! 


Deus é o existirmos e isto não ser tudo.
Fernando Pessoa





Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa



Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa, 1931.


Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Fernando Pessoa


As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa

Tenho em mim todos os sonhos do mundo
Fernando Pessoa

Tenta cativar por aquilo que teu silêncio contém
Fernando Pessoa


O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o príncipio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa



Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.
Fernando Pessoa


PsPara ler trechos da obra de Fernando Pessoa, ou conhecer textos na íntegra, acesse o Pensador e o As tormentas.