A mulher dona de casa
A maior cozinheira
A trabalhadora mais eficiente
A amiga mais útil.
Ela é maravilhosa em
Equilibrar o lar e a carreira
Com um sorriso constante
E um temperamento tranqüilo.
Ela é tudo para todo mundo.
Mas quem é ela?
A mulher.
Este poema de Natasha Josefowitz está no livro “A Síndrome da Supermulher’”, de Marjorie H. Shaevitz. Se você ler Provérbios 31, também vai pensar na supermulher, assim como pensou a autora do poema acima. Mas, será que essa existe de fato? Acredito que não. Somos simplesmente mulher. Com nossa humanidade, limitações, defeitos, temperamentos, mas com virtudes, alvos, vontade de crescer, capacidade de assumir responsabilidades etc. Umas, de mais fácil convivência, outras, mais complicadas; mas todas, simplesmente mulher. Deus nos fez assim. Gosto de pensar que a mulher conheceu a Deus antes de ser apresentada ao homem. Foi Deus quem fez o papel de apresentador para os novos conhecidos. Isso significa que a nossa relação com o Criador é direta. Não há intermediários. É possível que, enquanto Adão ainda estivesse dormindo e Deus tivesse completado sua obra, criando a mulher, eles tenham conversado um bom tempo, antes das devidas apresentações. Já pensou na oportunidade única de Eva conversar com o Criador sozinha, sem interrupções, sem depender de ninguém e ser ouvida? Ela recebeu todas as instruções, mas, infelizmente, não levou tudo a sério.
Hoje, da mesma forma, nós, mulheres do terceiro milênio (e todas do século passado…) temos a mesma chance do bate-papo com o Criador. Temos também as instruções de procedimento de vida, que estão em sua Palavra. É só segui-las.
Mas, conhecer as instruções não basta. É preciso assumir o compromisso de sermos mulheres segundo o coração de Deus e de fazermos diferença na sociedade em que vivemos.
Para isso, é bom voltar os olhos para o texto de Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
O que é renovar a mente? Vejamos o versículo ao inverso: a vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável, e você há de convir comigo que isso não se discute. No entanto, ela só acontece sob essa ótica quando a nossa mente é renovada – o que nos dá condições de transformar o meio em que vivemos, em vez de tomar a sua forma e agir exatamente como ele.
Primeiro, a mulher cristã renova a sua mente quando derruba mitos. Mito da mulher, mãe, profissional, cristã ou esposa perfeita. Não existe essa figura, embora reconheçamos mentalmente essa verdade e nos portemos como se assim fôssemos. Há mulheres que não admitem errar. Seus filhos são os melhores, seu marido também. Em sua profissão ninguém se destaca mais do que ela, e assim por diante. Quando percebem que não podem ser perfeitas em todos os setores da vida, entram em pânico, se frustram e desanimam. Há expectativa e cobrança sobre a mulher cristã e, quando esta não é suprida, vem o julgamento. Porém, quando a mente é renovada, isto é, a mulher dá espaço interno para a ação de Deus por seu Espírito, ela passa a ter condições de reconhecer seu potencial e sua limitação, harmonizando essa tensão interna.
Segundo, renova-se a mente entendendo a realidade de hoje. A expressão “no meu tempo…”, muito usada por pais e odiada por adolescentes, não tem lugar em nossos dias. O mundo de hoje é outro. Você abriria mão de um forno microondas para voltar ao forno à lenha? Se sim, como? Morando em apartamentos cada vez menores? Ou em casas sem quintal?
O grande perigo desta leitura da realidade é de se conformar (tomar a forma), em vez de transformar (ir além da forma). A mulher cristã tem adotado um comportamento cada vez mais semelhante ao da não cristã, ao ponto de não haver diferença. Onde está o seu compromisso com Deus de ser sal e luz nesta sociedade cada vez mais secularizada?
Terceiro, a mulher cristã renova a sua mente buscando a fonte da vida – Deus. Nada melhor do que beber água direto de uma fonte limpa. Água pura, sem química, simplesmente água. Se é Deus quem nos fez, Ele sabe como funcionamos e nos respeita como mulheres. Quando buscamos a Deus para que a nossa mente não fique petrificada com conceitos e comportamentos que não condizem com o padrão divino, a vitória é certa. Não se feche à ação de Deus. Ele sabe o que é melhor para nós e como nos tratar.
Deus deseja ser acessível a cada uma de nós, mulheres, de modo que também sejamos acessíveis aos outros. Carregada em seus braços, caminhe certa de que Ele continuamente renovará a sua mente, de forma que o seu compromisso se torne cada vez mais evidente pela bênção que você será para o próximo, sendo… simplesmente mulher!
Por: Nancy Gonçalves Dusilek
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