Hoje sou mãe e sou filha.
Tive meus desencontros com minha mãe [...como todas as filhas tem!].
Apesar de não entendê-la muitas vezes ao longo da vida, e de levar por muito tempo dentro de mim muitos questionamentos sobre certas atitudes ou reações que ela teve, algumas impaciências, semblante muitas vezes grave, preocupado, apesar disso um amor verdadeiro sempre permeou nosso relacionamento e eu sabia, no meu íntimo, do amor dela por mim.
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Até que...
Eu me tornei mãe.
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[PAUSA]
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Visão de mundo mudou.
Uma multidão de sentimentos e sensações novas nasceram juntamente com meus filhos.
Eu, reflexiva como sempre, fui fazer as atualizações das compreensões da vida que tinha até então.
Quantos entendimentos que eu supunha serem pontos pacíficos já dentro de mim foram re-considerados e re-compreendidos, e, assim, ganharam novo significado, significado novo atualizado à luz daquele acontecimento tão sublime na minha vida: a maternidade.
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Lembrei de minha mãe.
Lembrei de acontecimentos do tempo de criança.
Lembrei de atitudes dela que viraram lembranças vagando dentro de mim sem encontrar explicação convincente que as justificasse, pois tais atitudes de minha mãe me haviam feito chorar profundamente.
Lembrei dela com cabelo despenteado.
Lembrei dela chorando.
Lembrei dela brava.
Lembrei de muitas reações que ela tinha e que não compreendia.
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Sabe...
Quando me tornei mãe, não precisei mais sentar com minha mãe e, uma vez que agora éramos duas adultas, perguntar pra ela:
-"Mãe, o que foi que houve naquele dia em que você agiu daquele modo?"
Quando me tornei mãe, eu entendi TUDO.
Entendi TUDO.
Senti o que ela sentiu em muitas situações idênticas as que agora passava como mãe também.
Eu a compreendi.
Agora, a mãe era EU...
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As questões, que pela graça de Deus haviam se tornado apenas questões mesmo, sem mágoas ou ressentimentos, mas apenas perguntas sem respostas, se dissiparam silenciosamente em meio ao falar alto e constante da existência.
Quando fui mãe, amei mais a minha mãe.
Admirei-a mil vezes mais.
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O fato é que:
1. filho não vem com manual e, quase sempre, eu me pergunto com meus filhos diante de mim e olhando pra mim:
"E agora? O que é que eu faço AGORA? Como é que eu respondo AGORA? Como devo agir AGORA?"
2. Amar o filho com um amor que palavras não podem descrever não faz com que não se cometa erros, mesmo desejando de TODO coração ACERTAR SEMPRE.
3. Há numa mãe que ama o desejo de acertar sempre e a aflição de saber que não será possível isso. Mas, creio que se houver AMOR, tudo haverá de ser pacificado, sim, haverá!
Hoje...
Bem, hoje penso:
"Como será que meus filho me vêem? Eu não acerto todas!"
Peço a Deus que um dia ele também me compreenda. Que meus filhos me compreendam, assim como um dia, quando eles nasceram, eu compreendi minha mãe...
Há AMOR!!!
Mãe te amo!!!
DESEJO À TODAS AS MÃES UM FELIZ DIA DAS MÃES!!!!
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