sexta-feira, 1 de julho de 2011

A FÉ E O AMOR NOS SALVAM DAS ILUSÕES MENTAIS


*Quando li esse texto no site do Caio Fábio não acreditei pensei comigo: Meu Deus!! Ele foi escrito pra mim, Como este texto tocou-me profundamente ao ponto de não conseguir conter minhas lágrimas, pra quem não sabe minha mãe é portadora de esquizofrenia, a doença veio manifestar-se quando ela tinha aproximadamente 42 anos de lá para cá travamos uma batalha pelo seu bem-estar foram várias internações, o grau dela é bem diferente do personagem de Russell Crowe no filme "Uma Mente brilhante" (que aliás sempre foi um dos meus filmes preferidos emociono-me muito quando o vejo) Graças à Deus ela não tem visões e nem fala sozinha,os sintomas dela são bem amenos mais nem por isso menos grave, só quem tem um familiar ou alguém próximo sabe o desafio que é vencer o estigma e o preconceito que essa doença provoca, mas dou Graças à Deus em Cristo Jesus que tem sido fiel, consolador e provedor de todas as coisas na vida da minha mãe. Esse texto é um verdadeiro balsamo e uma prova do amor de Deus pra quem convive com situação semelhante. Afinal concordo com o Caio fábio todos nós a temos só que em graus diferentes!! Segue este magnífico texto na íntegra! Paz!




No filme “Uma Mente Brilhante” (“A Beatiful Mind”) sobre a vida do Matemático Americano John Forbes Nash, Russell Crowe interpreta o papel de um homem acometido por esquizofrenia, e que apenas sobreviveu em condições mínimas de trabalho e produtividade em razão de ter confiado no amor de sua mulher Alcia Nash.


Entretanto, o que me leva a evocar a memória do filme (2001) é o fato simples e poderoso que ele apresenta: a mente precisa de aferidores externos a fim de encontrar sua saúde e equilíbrio.


John Nash, brilhante, superdotado, venturoso em tudo o que fazia, subitamente começou a entrar num mundo paralelo tão real quanto tudo o mais que ele chamasse de real, com a diferença de que somente ele via o que via, e, portanto, tratava-se de algo subjetivo e não real para o resto do mundo.


Sua salvação não da esquizofrenia, mas sim da “loucura”, só foi possível porque ele admitiu a esquizofrenia, entregando suas decisões sobre o que era ou não real entre as coisas que via, ao julgamento de sua esposa.


Assim, confiando no juízo e no discernimento da esposa, e, sobretudo no seu amor por ele, foi que Nesh conseguiu viver com a esquizofrenia sem enlouquecer.


De vez em quando ele tinha de perguntar à sua mulher se as pessoas que estavam diante dele eram reais ou apenas subjetivas em sua percepção, e, assim, conseguiu, mediante a fé no amor de sua mulher, encontrar o termo de aferimento de sua própria realidade.


Esquizofrênicos de um grau ou outro, todos nós somos. Pode-se até não ver coisas ou ouvir vozes, porém, o elemento de falsificação do real habita as mentes de todos nós.


Sim! Nossas mentes são desconfiadas e cheias de impressões falsificadas.


Pensamos coisas sobre os outros que não são reais e interpretamos a vida com critérios de uma subjetividade que raramente casa com os fatos reais da existência.


É assim que o tímido é visto como arrogante silencioso, o falante é percebido como metido, o quieto é olhado como fraco, o prestativo enxergado como interesseiro, o recluso como anti-social, o triste como infeliz, o belo como bom, o feio como mal e o simples como tolo.


De fato quem se entrega à sua própria “disposição mental”, diz Paulo, acaba enlouquecendo dentro do padrão social aceitável da loucura, mas nem por isto fica livre de ver, ouvir, pensar e interpretar de modo equivocado a vida e o próximo.


Para Paulo, entretanto, o aferimento da realidade deveria ser feito de modo existencial pela Palavra.


Isto porque sem a Rocha da Realidade que é a Palavra Revelada, todos nós de um modo ou outro vivemos em “viagens”.


O outro está louco e viajante em suas percepções sobre nós; e nos vê, ouve e julga por tais subjetividades; e, assim, provoca em nós uma outra falsificação: a do modo como o outro no vê; e a cuja percepção equivocada nós determinamos enfrentar, fazendo com que nossa própria mente caia imediatamente em outro terreno de subjetividade que afetará daí em diante a nossa própria percepção do outro e de nós mesmos, pondo-nos numa vereda de ilusão.


Quando Jesus mandou que não julgássemos Ele estava dizendo que o juízo equivocado (como quase sempre é em parte ou no todo) passa a ser o critério de nossa mente. Por isso é que com a medida com a qual medimos somos também medidos.


Todos os dias vejo como tais estados se tornam padrões inquestionáveis e fixos. E como a maioria não tem uma Alicia Nesh a fim de confiar e encontrar o termo da realidade, as pessoas vão engessando o padrão da interpretação enganada como realidade.


A salvação de John Nash esteve e está no fato de ele confiar no amor de sua mulher por ele, e, assim, conferir com ela o que era ou não real.


Ora, no que tange a Palavra como referenciadora do que seja ou não real conforme Deus para nós, seu poder de cura e equilíbrio para a mente vem da fé, assim como aconteceu com Nesh.


Sim! Se eu não me disponho a crer no amor de Deus por mim, e se não me ponho na estrada da fé que confia em Seu amor revelado em Cristo, conforme o Evangelho, e se não me entrego a tal realidade pela fé, fazendo aquietarem-se as minhas próprias impressões e juízos — sem dúvida eu e você ficamos loucos ou com a mente falsificada em suas apreensões da realidade.


Portanto, hoje, verifique quais são suas certezas sobre a vida e as pessoas, e veja se elas conferem com o que a Palavra diz.


É a fé na Palavra aquilo que pode me salvar de minhas próprias construções e miragens.


No entanto, ter gente de bom senso e de confiança, e que nos ame, sempre sendo consultados sobre nossas próprias impressões, é algo vital para a saúde de nossas mentes.


Fé e amor continuam a ser os únicos elementos capazes de preservar a integridade de nossas mentes num mundo de falsificações e de construções alucinadas.


Pense nisso!


Caio Fábio



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