quarta-feira, 6 de abril de 2011

As três dimensões do amor feminino


A mulher possui três relacionamentos que devem ser equilibrados, a fim de que haja pelo menos um vislumbre de realização. A primeira é a sua relação consigo mesma, pois este é um precursor necessário para qualquer outro relacionamento da vida. Quando a mulher não possui uma relação sólida consigo mesma, irá procurar ansiosamente relacionamentos externos na tentativa de obter paz interior. Tentará amar outros na ânsia desesperada de encontrar neles o que deve descobrir em seu íntimo.
Essa busca será inútil e é o câncer que mata a maioria dos casamentos. Ela fará coisas certas pelos motivos errados e lutará com a decepção que brota de esperar que alguém lhe dê aquilo que ela mesma deve dar-se.

A mulher não conseguirá manter relacionamentos sadios com outros porque o peso de extrair deles coisas que deveria obter de si mesma logo se torna pesado demais para qualquer outra pessoa carregar. O homem então sente culpa por sua incapacidade de satisfazer o que é uma necessidade insaciável. Ele recua e se esconde em seu trabalho, em seus excessos. Pode até ser tristemente levado à infidelidade, já que as expectativas da outra mulher podem ser controladas com a desculpa de ser casado!


O casamento é uma relação sagrada. É a segunda em importância na vida da mulher. Ela não precisa ser necessariamente casada para ser feliz, mas existem poucas coisas tão satisfatórias como o doce néctar do verdadeiro amor conjugal e o compartilhar da sua vida com um parceiro que a valorize a respeite. No entanto, a mulher que não se ama fica tão sedenta de amor que corre para ele despreparada e um tanto vulnerável. Ela irá sempre amar depressa demais, ser demasiado possessiva e, na maioria das vezes, perderá rapidamente aquele que desejou segurar. Prende-se a cada palavra dele, como uma criança que tenta agarrar a areia da praia. Ela o segura firmemente; mas, ao abrir mão, descobre que ele escorregou pelos seus dedos sem sequer saber o motivo da sua partida.

Há, porém, boas notícias. Existe cura para a mulher compulsiva que ama depressa demais e depois sofre durante anos por causa das escolhas erradas e da gratificação que lhe foi negada. Quando a mulher se relaciona bem consigo mesmo e tem um nível elevado de auto-estima, pode então compartilhar facilmente sua vida com outra pessoa. Não tenderá a ser amarga, defensiva nem descontrolada, porque tem um ritmo calmo que a mantém sincronizada com os seus alvos e em harmonia com os que a rodeiam.

Se for casada, esta mulher levará à cama do marido as pétalas macias de uma rosa livre de espinhos. Ele não se espetará ao amá-la. Se não mantiver um relacionamento com um homem, agora ela será capaz de escolher um companheiro cujo ritmo se harmonize com o seu. Ela aproveitou bem o tempo que passou sozinha e se dedicou à tarefa de estudar a sua própria individualidade para saber melhor que tipo de homem irá adequar-se ao seu estilo de amor.


Existe ainda um terceiro relacionamento que os já mencionados não podem substituir. É a base do triângulo. Muitas alcançaram grande sucesso em todas as outras áreas, mas acabaram descobrindo, para sua surpresa, que faltava algo. O que falta é uma necessidade de uma relação com o Senhor. Ele supre a força espiritual que ancora a alma e se torna o fundamento sobre o qual tudo o mais pode apoiar-se.
A força íntima e a tenacidade brotam da fonte da oração pessoal. Não estou falando de fugir para um convento e vestir um hábito. Nem me refiro ao fanatismo, usado muitas vezes como cortina de fumaça para ocultar a frustração em outros setores. No entanto, o pêndulo só se move quando ligado e firmado em algo imóvel.

Embora as pessoas mudem e você também mude, é agradável estar ligada a algo imutável. Lance sua âncora no Senhor.

Porque eu, o Senhor, não mudo...
(Malaquias 3:6)

Trecho extraído da introdução do Livro: A Dama, Seu Amado e Seu Senhor, de T. D. Jakes – Editora Mundo Cristão.

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